Share |

Friday, August 12, 2011

Por que a sua empresa precisa de uma política de rede social?

A criação de regras pode ser a chave para encontrar o equilíbrio entre bloquear a rede social completamente ou liberar o acesso aos funcionários


A rede social tem sido amplamente adotada por todos os tipos de organizações para aumentar habilidades de colaboração e reconhecimento da marca, bem como para reduzir os custos. O que não tem sido amplamente desenvolvido é a política necessária em torno do uso das redes sociais no local de trabalho.

“Não tenho ouvido sobre isso, disse Heinan Landa, CEO de consultoria e tecnologia estratégica da Optimal Networks. “Só para se ter uma idéia, existe um vago interesse nesta questão, tanto que até agora nenhum empresa nos contratou para trabalhar nisso. Minha opinião é que ela estão muito atrás sobre este assunto.”

Landa atribui isto ao fato de as companhias (especialmente as B2B) terem implementado as redes sociais relativamente há pouco tempo e com os esforços voltados ao marketing, assim, não têm dado importância ao fato de não ter uma política de mídia social no local.

A ausência de regras pode gerar falta de proteção caso algo de errado aconteça. De fato, afirma Landa, as companhias devem implantar uma política de comunicação em mídias sociais pela mesma razão que implantaram a política de uso aceitável de equipamentos da empresa: “Do ponto de vista da corporação, você precisa proteger a sua companhia da possibilidade de sofrer ações judiciais, de disseminação de informações inapropriadas ou danificadas, etc.”

A política deve ser desenvolvida para prover proteção, concordam os especialistas, mas isso deve, também, ser trabalhado para encorajar funcionários a participarem das mídias sociais e orientá-los a fazer isso de forma segura e apropriada.

“A política devidamente concebida descreve o que não pode ser feito e estabelece o que deve ser feito na perspectiva legal para proteger os ativos da companhia”, avalia Jake Wengroff, diretor global de estratégias e pesquisas da Frost & Sullivan. “Mas ela também faz o oposto, que é promover, incentivar e motivar os funcionários a buscarem esses meios de comunicação. Acho que é uma peça do quebra-cabeça que muita gente não percebe.

A Frost & Sullivan concluiu recentemente uma pesquisa sobre as políticas das organizações de redes sociais. O estudo, que será publicado ainda este ano, constatou que a maioria das empresas permitem livre acesso às mídias sociais, pelo menos para alguns funcionários. O estudo também concluiu que quanto maior a empresa, maior a probabilidade de implementar algum tipo de política de rede social.

A IBM tem mais de 25 mil empregados no Twitter, cerca de 300 mil no Linkedin e quase 200 mil no Facebook. A empresa apresentou as diretrizes de computação social em 2008.

Ethan McCarty, diretor de estratégia digital e social da IBM e coautor das diretrizes de computação social para empresas, declarou que a companhia identificou desde os primeiros dias da internet a importância de encontrar o equilíbrio entre progressividade e proteção.

“Fizemos boas escolhas como empresa logo que gerenciamos a oportunidade e o risco”, afirma McCarty. “Estas ferramentas de publicação e interação se tornaram cada vez mais onipresentes, um dos motivos para este acontecimento foi que decidimos, como empresa, adotar as regras no espírito de inovação e exploração e ver o potencial que havia nelas. Uma das coisas que precisamos fazer, porém, foi dotar a empresa de algumas proteções neste espaço, além de fornecer permissões individuais aos funcionários, proteções e orientações em como fazer isso.”

As políticas de computação social da IBM (que cresceu a partir de um documento de diretrizes dos blogs) foram escritas por um grupo com cerca 250 pessoas, selecionadas pelo seu conhecimento e participações em redes sociais. McCarty disse que o documento exigiu apenas algumas semanas de trabalho e poucas alterações depois de ser vetado pelos departamentos de recursos humanos, jurídico e alguns outros.

Este é o jeito ideal de trabalhar, disse Landa, que acrescentou que a política de computação social deve ser parte integrante das regras de qualquer organização: “para mim, é algo que não leva muito tempo e é adquirida facilmente pelo departamento de recursos humanos no manual do funcionário e deve ser apenas mais uma política agregada as demais regras.”

Isso não significa dizer que a política de rede social deva ficar trancada em uma pasta qualquer, e nunca mais ser atualizada. A natureza dessas mídias exige políticas fortes e claras, porém flexíveis. McCarty classifica essas diretrizes como um “documento vivo”.

Thursday, August 11, 2011

AMCHAM - mercado brasileiro de TI será de US$ 25 bilhões em 2011

O mercado tecnologia da informação (TI) no Brasil atingirá US$ 25 bilhões em 2011, de acordo com levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC). Nos próximo triênio, a projeção da consultoria é de uma expansão média anual na faixa de 12% ao ano.

“É um valor que tende a aumentar cada vez mais no Brasil, principalmente devido às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal), aos investimentos de diversos segmentos relacionados aos eventos esportivos Copa do Mundo e Olimpíadas, e também ao próprio crescimento do País como emergente vivenciando a entrada de novas empresas que precisarão de TI para fazer negócios”, afirmou Luiz Alfredo Vieira Sales, gerente-sênior da PwC.

Outros fatores que impulsionarão a área de TI no próximo ano são o aumento da demanda das pequenas e médias empresas; o desenvolvimento do setor de consumo e de novos canais de varejo; o movimento de fusões e aquisições; e o programa do governo federal para equipar 119 mil escolas públicas com laboratórios de informática (até o momento, 27 mil foram contempladas).

Tendências

Segundo Sales, atualmente o País tem aderido rapidamente às tendências globais de ponta. “Já se foi a época em que o Brasil recebia as iniciativas de TI e inovação com atraso. O País está investindo, captando tecnologia nova para garantir a sustentabilidade de seu crescimento.”

Muitas empresas brasileiras discutem ativamente e até já empregam conceitos como cloud computing (computação em nuvem) - que se refere basicamente ao armazenamento de dados e ao acesso a programas como serviços disponibilizados por companhias que gerenciam servidores compartilhados e ligados por meio da internet - e de green it - sistemas de TI sustentáveis, ou seja, melhorias organizacionais e técnicas que visam a redução do consumo de energia, emissões de carboso e custos.

Para o consultor da PwC, um dos grandes desafios está na falta de mão de obra qualificada no setor de TI, o que inflaciona os salários, principalmente da base da operação. “As empresas estão investindo em capacitação até porque, no fundo, o foco agora é fazer negócios com serviços TI e é o capital humano que presta o atendimento”, comentou.

Papel dos CIOs

Na avaliação de Luiz Alfredo Vieira Sales, os Chief Information Officers (CIOs), ou diretores de TI das compahias, têm de assumir uma postura estratégica, sem deixar de ser táticos. “O CIO precisa se aproximar dos executivos para navegar na estratégia e no gerenciamento do outsourcing (serviços terceirizados)”, explicou.

O trabalho desenvolvido pelos CIOs deve contemplar:

• Alinhamento da estrutura de TI ao negócio, assim como sua gestão financeira e de investimentos;
• Busca por modelos de aquisição de serviços com alto valor agregado e também flexíveis;
• Gerenciamento de fornecedores e contratos;
• Gestão de pessoas e competências necessárias;
• Priorização das iniciativas com gestão de operação e demandas;
• Controle e mitigação de riscos.

“O futuro dos líderes de TI é serem os agentes transformadores dos negócios”, concluiu Sales.


Brasil é o sexto maior mercado de TI do mundo, diz estudo

O Brasil já é o sexto maior mercado de tecnologia da informação do mundo, tendo movimentado US$ 81 bilhões no ano passado, de acordo com a IDC. A cifra equivale a cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país. As exportações do setor somaram no mesmo período US$ 2,5 bilhões.

Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil, para tornar-se protagonista no cenário mundial, nas duas próximas décadas, o país terá de vencer alguns desafios, entre os quais a desoneração da folha de pagamentos. Gil participou na quinta-feira, 19, do 23º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro,

"O Brasil é muito competente porque o uso de tecnologia da informação é feito com supremacia mundial em várias áreas, como indústria financeira, governo eletrônico e, inclusive, na indústria manufatureira. E o mercado, que é, hoje, de US$ 1,5 trilhão, globalmente, será de US$ 3 trilhões em 2020."

Na avaliação de Gil, novas oportunidades serão abertas para o Brasil nas áreas de saúde, educação, segurança, bancos, principalmente, devido a fatores como o crescimento do grupo de países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a mudança demográfica e as novas tecnologias.

Para o empresário, deve-se reduzir o custo da folha de pagamento, treinar pelo menos 725 mil profissionais até 2020, investir em infraestrutura tecnológica e estimular a inovação. Ele enfatizou que é preciso ter uma "mentalidade de inovação, porque tudo que nós estamos usando hoje, amanhã será obsoleto".

Para 2020, a projeção da Brasscom é que o mercado interno de TI alcançará entre US$ 150 bilhões e US$ 200 bilhões, o que elevará a participação do setor no PIB entre 5,5% e 6%. As exportações deverão subir para US$ 20 bilhões. Com informações da Agência Brasil.